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Meu caminho de sobrevivente enlutado por suicídio para o voluntariado

Meu caminho para o voluntariado

Meu caminho de sobrevivente enlutado por suicídio para o voluntariado.

O que faz alguém querer ingressar num voluntariado? Diversos motivos podem levar a essa decisão: querer fazer a diferença, retribuir algo que recebeu, conhecer pessoas, promover inclusão social, adquirir desenvolvimento pessoal… Pessoalmente alguns anos atrás eu escutei a frase “sua dor é seu maior dom”. É algo que nunca saiu da minha cabeça…

Perdi meu irmão, a vida nunca mais foi a mesma.

Eu perdi meu irmão Zoltán para o suicídio em 5 de novembro de 2007 e passei quase 10 anos recolhida, sem falar muito sobre essa perda. Esse luto me impactou e continua me impactando profundamente. A vida nunca mais foi a mesma depois dessa data…

Sempre quis fazer um trabalho voluntário. Inicialmente pensei em trabalhas com causas ambientais, já que sou bióloga, mas certamente uma das minhas maiores dores, se não a maior, é a perda do meu irmão de forma inesperada, de forma tão brusca, tão difícil de compreender. Se a minha dor é meu maior dom, então prevenção e posvenção do suicídio seria o voluntariado onde eu poderia contribuir melhor.

Torne-se um Voluntário

O trabalho de voluntária me fez de certa forma ressignificar o luto pelo meu irmão, me trouxe autoconhecimento e me fez conhecer todo um grupo de pessoas que assim como eu também tem suas dores e, consequentemente, o dom de também se tornarem voluntários. Cada enlutado deve se permitir se cuidar e dentro do seu próprio tempo, no seu próprio ritmo, transformar essa dor em luta, em voluntariado, caso queira.

Virág Venekey – Sobrevivente, enlutada pelo irmão (@depoisdodiaz)

Virag
Virág Venekey

Sobrevivente enlutada pelo irmão. Belém – PA

Projeto  Depois do dia Z

Compartilhe! Ajude as pessoas a encontrar esperança e compreensão e saibam que não estão sozinhas.

1 comentário em “Meu caminho para o voluntariado”

  1. Bom.dia….realmente perder alguém por suicídio muda a vida daqueles que estão a sua volta de forma profunda e significativa.
    Eu perdi meu avô há anos ….porem só soube que ele morreu por suicidio em 2016. Foi um impacto tão gigante que passei a fazer parte da causa da prevenção na minha cidade.
    O tabu e os preconceitos são enormes e precisam ser superados.
    Por isso quis fazer parte desse movimento aqui no ABRASES.
    Me associei e me voluntariei hoje!!
    Espero poder contribuir com esse movimento tão essencial.
    Aguardo a orientação de vocês!

    Cássia Matarazzo
    @cassiamatarazzo
    Psicóloga.

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