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Preciso de ajuda eu perdi alguém

Olá, você que está lendo esse relato talvez tenha perdido alguém pelo suicídio, então se isso aconteceu, sinta-se acolhida.
 
Eu perdi meu filho Pietro vítima de suicídio, no dia 13/01/22, com apenas 18 anos de vida.
 
E em seguida ele fez aniversário em 15/03/22.

Ele fez aniversário, sim, por pior que seja essa tragédia, meu filho, nossos entes queridos continuam em nós e continuam a vida através de nós.

Os dias subsequentes a tragédia, são indescritíveis. Nosso mundo não nos pertence mais, perdemos ou nos afundamos na fé, não nos enxergamos mais no espelho, quebramos, não temos conserto. A vida não será como antes, nunca mais.

Ficamos loucas, perdemos o rumo é “o revés de um parto” como diz a música de Chico Buarque.

O que fazer? Respire, coma, beba muita água, as lágrimas nos secam por dentro, durma.

Faça aquilo sentir que dá conta, e senão der conta de nada tudo bem também. Não se desfaça de nada sem ter plena certeza que é isso que você quer. Agora não é momento para se mexer em nada.

Conte se possível com a família, com os amigos, peça apoio.

Procure ajuda rápido, não hesite – Terapeuta, Psiquiatra e Grupos de Apoio. Esses últimos são os mais importantes nessa caminhada árdua que você terá pela frente, eles é que te darão o pertencimento que você tanto precisa.

Não posso dourar a pílula, pois essa tragédia é imensurável, inominável e surreal.

Nosso luto é único, não tem receita, não é linear, cada um lida de uma forma diferente, o que você deve ter em mente é que tudo mudou, mas a vida lá fora continua igual e o seu mundo vai ter que passar por uma reconstrução.

Quanto tempo dura? Não existe medida de tempo para isso. Não existe nada que eu possa te dizer que seja muito confortável, se sua tragédia for muito recente.

Apenas respire e me dê sua mão para seguirmos juntas, sua mão na minha, na nossa, e com todos aqueles que perderam alguém para o suicídio.

Com amor, Alessandra!

Emoções e Sentimentos

Saiba sobre os sentimentos e emoções mais comuns no luto por suicídio, com outras pessoas que perderam entes queridos.

 

Burocracias

 Termo oriundo do latim e francês que significa escritório. Também é empregada de maneira pejorativa, quando mencionamos sobre os trâmites de um processo.

Grupos de Apoio

Grupo de apoio ao luto é um lugar de compartilhamentos de vivências, de acolhimento à dor da perda, é um lugar onde se pode falar abertamente sobre o que aconteceu, sem julgamentos.

Emoções e sentimentos

Emoções e sentimentos no luto por suicídio

O luto não é só feito de tristeza, tem muitas emoções que vão se transformando em sentimentos e no luto por suicídio eles ficam tão misturados que não conseguimos defini-los.

A raiva, o medo, a culpa, vergonha, alívio, inveja, desesperança, também compõem o luto e como vivemos em uma sociedade onde há regras de como se portar em diversas situações controlando as emoções e sentimentos, nem sempre podemos demonstrá-los.

E esses sentimentos considerados “nocivos” são constantemente reprimidos e às vezes essa mistura bombástica pode explodir dentro de nós, e os estragos são inúmeros.

O luto é um processo onde todos as emoções e sentimentos vão aparecer com força e poder falar sobre eles, ajuda a conhecê-los, e desta forma podemos aprender a lidar com eles.

Conseguir nomeá-los, expressá-los, saber separar e cuidar desses sentimentos é um exercício diário.

Poder admitir que sentimos raiva, sentimos medo, sentimos vergonha, sentimos culpa, sentimos inveja, sentimos alívio, que  temos desesperança pode ser libertador.

Os textos a seguir são de encontros realizados entre nós enlutados que discutimos sobre cada uma dessas emoções e sentimentos.

Raiva

Sentimentos de irritação, ódio, comportamento repleto de fúria, expressão de aversão ou relutância, frustração, sensação de repugnância.

A raiva é muito comum no luto é controversa, pois pode ser uma energia positiva se trabalhada e pode ser muito prejudicial se não for reconhecida e amparada.

Demonstrar raiva é considerado inapropriado, ela é tida como uma emoção negativa seja em que situação ela apareça e no luto não é diferente e é uma emoção intensa e caracteristica no luto por suicídio.

Ela pode surgir de imediato ou com o passar dos dias, quando o choque vai dando lugar a nova realidade, acreditamos que sofremos uma injustiça e também por sermos obrigados a não demonstrá-la.

O perigo da raiva é quando a energia que ela gera passa a ser usada com agressividade contra si e contra os outros.

Raiva de quem se foi, a raiva de si, raiva de Deus, raiva dos amigos e familiares, dos profissionais, raiva da situação que foi colocado, raiva de ouvir besteiras sobre o fato e sobre o luto, raiva de não poder falar de quem morreu.

A raiva por quem se foi é comum e explosiva, imaginar que houve escolha e quem morreu não escolheu ficar e não pensou em quem ficaria, por imaginar tamanho egoísmo por parte deles.

Essa raiva de quem se foi é algo estranha, ao mesmo tempo que temos raiva, vem um sentimento de compaixão por eles e por nós, por sentir o que sentimos.

Raiva de si mesmo por não ter visto, não ter notado nada que pudesse indicar o que estava por vir e com isso não ter impedido, não ter evitado. .

Raiva de Deus, por que Deus não ouviu as orações, as preces, os clamores para livrar os nossos amados dos perigos deles mesmos, e de nos deixar que uma morte dessas acontecesse em nossas famílias, raiva por receber um sofrimento tão grande ao ter que enterrar um ente querido por suicídio.

Raiva dos amigos e familiares, de quem acreditávamos que poderia ter ajudado e não ajudou e daqueles que cochicham e fazem suposições absurdas sobre o ocorrido e sobre o nosso ente querido, sem ao menos buscar uma conversa franca sobre o assunto.

Raiva dos profissionais que acreditávamos terem a competência de cuidar, de orientar e preservar a vida de nossos amados.

Raiva de toda a situação que envolve o suicídio, as burocracias, as malidicências, as perguntas sem noção, os julgamentos, ao futuro incerto.

Raiva por escutar tanta besteira de pessoas que ficam falando sobre suicídios baseados em achismos e senso comum ditando normas de como viver o luto, sobre o tempo, sobre o choro, sobre as lembranças, sobre os pertences, sem se preocupar verdadeiramente com a nossa dor.

Raiva de quando tocamos no nome de nossos amados e o silêncio dominar o ambiente.

Essas são as situações mais comuns onde a raiva surge.

E saber identificar e cuidar para que lado negativo não nos domine e sim trabalhada, e podendo descobrir formas positivas de expressá-la, seja na escrita, na fala, no choro, nos exercícios físicos, meditação, entre outras formas, para ajudar no enfrentamento do dia a dia desse processo de luto.

Inveja

Sentimento que poucas pessoas assumem sentir, por ser um sentimento muito mal visto, por ser considerado um pecado cristão e que deve ser evitado a todo custo.

Mas no luto ela aparece, misturada com a raiva, são nocivos e desconcertantes.

É difícil assumir a inveja pois na definição do que é esse sentimento, nos faz parecer pessoas más, mas não somos e por isso, ficamos relutantes em perceber em nós esse sentimento e chega a ser muito difícil definir em palavras.

E ela surge devido às comparações da vida que tínhamos com a vida que temos hoje e também com a vida dos outros.

A percepção do que tínhamos e de quem éramos e de que não vamos mais ter e ser e isso nos causa uma dor muito grande.

Assim como a raiva, a inveja é um sentimento que deve ser acolhido e cuidado para não deixar que ela domine nossos dias, consciente e inconscientemente.


Inveja

Por A.M.Arruda

Tenho inveja sim
Tenho inveja de quem tem seus filhos ao lado
Tenho inveja do dia ensolarado
Tenho inveja do filho que namora

Tenho inveja todos os dias
De quem pode falar abertamente: meu filho entrou na faculdade
Tenho inveja dos filhos que já aprenderam a dirigir
Aqueles que podem ir e vir

Tenho inveja de quem compra o doce preferido
Para o filho que espera em casa ansioso
Tenho inveja do filho que você vai abraçar
Todos os dias pela manhã ao acordar

Essa inveja que me mata pouco a pouco, é a inveja
Da mãe que não pode mais abraçar seu filho
Da mãe que não pode mais brigar, rir ou chorar junto
Da mãe que sofre todos os dias por não ter você ao lado
Da mãe que sabe – inveja é pecado

Não me importa sou sem fé desde o dia que você se foi
Se foi definitivamente
Se foi abruptamente
E tenho inveja de todos os que podem amar abertamente

Eu continuo aqui numa inveja amorosa e pura
Que te ama sem inveja, indefinidamente
Eternamente

Medo

Outra emoção que a aparece muito no luto, que também não cuidada pode ser muito prejudicial, o medo pode ser transformar em ansiedade.

Apesar do medo ser uma emoção que é como um protetor natural contra os perigos, no luto ele tem um grande potencial de paralisar a vida do enlutado.

Mas também pode apresentar ambivalência, há muitos que ficaram cheios de medo e outros acreditam que o pior já aconteceu e já não tem medo de mais nada.

O medo surge em vários momentos, muitos de nós, nunca imaginamos passar por uma perda por suicídio, e depois do acontecido, ficamos com medo de que ele se repita com pessoas próximas com medo da repetição.

Com isso surge o medo de não dar conta do luto e de se perder e acabar fazendo o mesmo.

Também tem o medo de como o suicídio possa afetar os outros membros da família e não sabermos como agir, mesmo passando pela triste experiência.

Temos medo de falar no assunto com as pessoas e de não saber lidar com a reação que elas poderão ter e também medo de tocar na ferida ao relembrar o fato.

O medo de não dar conta das responsabilidades com os outros, das novas funções que nos foram atribuídas.

Medo do futuro, medo da solidão e também medo de entrar em novo relacionamento de se abrir para novas oportunidades.

Medo da amargura que a vida cheia de tristeza pode causar e com isso não conseguir mais ser feliz.

Medo da morte e também medo de viver muito com todos esses sentimentos misturados.

E um medo que surge e que nos apavora é o medo de não ter mais histórias com nosso ente querido e de o esquecer.

Enfrentar todos esses medos com cautela e no caso de não ter medo, cuidar para não sair enfrentando perigos imprudentemente.

Desesperança

Sente desesperança quem acredita que a vida não vale mais a pena e no luto por suicídio, este sentimento pode aparecer em algum momento e misturado com os demais sentimentos, é algo preocupante.

Ter medo do futuro, é uma coisa, ter desesperança no futuro é outra, e saber identificar quando este sentimento começa a paralisar a vida, é importante.

Podemos sentir desesperança quando acreditamos que nossa vida ficou estagnada, que perdeu o sentido, parecendo que não saímos do lugar.

Quando não conseguimos fazer mais planos, mesmo aqueles a curto prazo, quando sentimos que não estamos mais ligando para a nossa saúde, descuidando até dos cuidados básicos.

Quando nos isolamos, quando acreditamos não ter a compreensão de outras pessoas, quando temos nossos sentimentos invalidados, quando não temos uma rede de apoio.

Surge também misturado com o sentimento de inutilidade e de desalento e também por não conseguir encontrar algo que nos faça ressignificar a vida.

A desesperança é um sinal de alerta e deve ser cuidada.

Vergonha

A vergonha está diretamente ligada ao medo.

Temos vergonha devido aos julgamentos das outras pessoas, o medo da inadequação diante da sociedade.

O suicídio é uma morte não aceita socialmente, por esse motivo há em muitos enlutados, a vergonha de expor que seus entes queridos se suicidaram.

Há também enlutados que não se sentem na obrigação de dar satisfação sobre a morte, não por vergonha, mas por uma questão de preservar a intimidade da família e de quem se foi.

Ter vergonha dos olhares e comentários das pessoas, de ser apontado, de não ter dado conta, de se sentir incompetente e um fracasso por não ter evitado a morte.

Vergonha aparece em vários momentos e inclusive em demonstrar emoções e sentimentos em público, vergonha de chorar e se mostrar frágil.

Há quem sinta vergonha de se mostrar bem e também perceber que há pessoas que sentem vergonha de falar de seus problemas para o enlutados, acreditando que o seu problema é pequeno diante de tanta dor.

Culpa

Sentimento que aparece praticamente em todos os relatos no luto por suicídio, e misturado com a raiva, vergonha, faz com que tente reviver os últimos momentos do ente querido para tentar encontrar algo que possa caracterizar a culpa ou que o exima dela.

Se em outros tipos de morte a culpa costuma surgir, no suicídio isso se itensifica pelo fato de existir a prevenção e consequentemente se há como prevenir, há também como evitar, porém esquecemos que somos humanos e não temos o peder de controlar a vida dos outros.

Suicídios são mortes que possuem múltiplas causas, e buscar culpados ou culpar a si, faz com que o processo de luto seja muito mais doloroso e difícil.

E não adianta falar para não se culpar, ela faz parte desse processo e como as demais emoções e sentimentos deve ser acolhido para se criar ferramentas de enfrentamento e conseguir viver sem a culpa.

Esse sentimento é desgastante, pois mesmo sabendo que é humanamente impossível voltar no tempo, ele persiste e corrói, paralisa a vida de quem não consegue se livrar dele e consequentemente dificulta a reorganização da vida.

Nos culpamos por não ter conseguido perceber nada de errado no dia fatídico, ou por não ter acreditado no que estaria para acontecer.

Temos culpa por não ter insistido, pressionado mais para que os que tinham algum diagnóstico, fizessem o tratamento corretamente, por não ter ficado com o ente querido no dia do fato.

Culpa por ter falado algo, não ter falado.

Culpa por ter internado, culpa por não ter internado.

Culpamos profissionais da área da saúde, medicamentos, tecnologias, as escolas, a comunidade, as religiões, as famílias e os amigos.

Nós nos culpamos por achar que não estamos vivendo o luto da forma correta, pois ainda existe o mito de que o luto tem a forma certa de ser vivido.

Achamos a culpa em momentos que conseguimos nos descontrair e acreditamos que não merecemos sentir nenhum tipo de alegria por não ter mais nossos amados conosco.

A culpa costuma aparecer já no início do luto, e pode ser devastadora se não cuidada, aprender sobre suicídios e sobre o luto podem ajudar a minimizar e atravessar esse processo.

Alívio

No luto por suicídio é outro sentimento que não é aceito, pois gera mais culpa, e por isso é difícil reconhecemos.

Quando uma morte ocorre por uma doença, a família pode externar o seu alívio, pois acredita que o sofrimento do ente querido cessou e é aceito socialmente, porém no caso do suicídio, isso não acontece.

É muito difícil admitir e poder falar que podemos sentir alívio, quando acreditamos que nossos amados não sofrem mais, pois lutavam contra muitas coisas que os faziam sofrer.

E quando podemos falar o que sentimos, sem sermos julgados e poder contar com pessoas que compreendem os nossos sentimentos, sentimos alívio.

Buscamos fazer algo para apaziguar a dor, estamos sempre buscando formas de ficar aliviados, gastando energia, ficando ocupados, seja escutando, falando, escrevendo, meditando, chorando.

Há ainda quem não tenha encontrado nada que possa trazer alívio.

BUROCRACIAS Funerarias

Burocracia: Termo oriundo do latim e francês que significa escritório. Também é empregada de maneira pejorativa, quando mencionamos sobre os trâmites de um processo.

Me chamo Gilmara Nascimento, sou sobrevivente enlutada por suicídio do meu esposo e grande amor da minha vida Edilson.

Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha experiência, sentida na carne do momento mais difícil que encontramos na vida, que é a perda de um ente querido por suicídio com todas as suas peculiaridades, principalmente quando não conhecemos e temos que enfrentar a parte burocrática.

Há 13 anos trabalho no ramo funerário de uma renomada e conceituada empresa Grupo Morada, que me proporcionou conhecimento e a possibilidade de ajudar as pessoas, como eu fui ajudada.

Sabemos que a morte por suicídio é considerada uma morte violenta, com isso possui algumas particularidades em lei que alteram o processo normal quando a morte tem causa natural.

Documentação primaria para atendimento funerário

  • RG, CPF ou habilitação do declarante (pessoa responsável que receberá todas as informações e autorizará os procedimentos junto à funerária). Qualquer pessoa pode ser declarante, geralmente é quem esteja em melhor condição cognitiva;
  • RG, CPF do ente querido, se de menor e não possuir CPF, faz-se necessário a certidão de nascimento);
  • Declaração de óbito emitida pelo hospital, SVO (Sistema e verificação de óbito) ou IML (Instituto médico legal) em caso de suicídio. Caso seja o desejo da CREMAÇÃO, no ato da emissão da declaração de óbito, deverá ser informado ao órgão desse desejo, para que na declaração conste a assinatura de um médico legista ou de dois médicos distintos.

Documentação para cremação

  • Declaração de óbito com assinatura de um médico legista ou de dois médicos distintos;
  •  Autorização de cremação, reconhecida e autenticada. (O próprio crematório é que disponibiliza essa autorização);
  • Diante do suicídio é necessário um alvará judicial, visto se tratar de morte violenta;
  • Após a cremação é realizada a cerimônia de entrega de cinzas, devidamente identificada com lacre. A família no ato assina o termo de entrega de cinzas.

Documentação para sepultamento

  • Declaração de óbito;
  • Em alguns cemitérios só sepulta com a cópia da Certidão de óbito (por Lei temos o prazo de 15 (quinze) dias corridos a partir da data do óbito), contudo cada cemitério rege internamente seu regulamento;
  • RG e CPF do solicitante e do ente querido;
  • Comprovante de residência.

Documentação para exumação

  • O prazo por lei é de 3 anos e 1 dia, podendo variar de acordo com cada estado;
  • Quando se trata de jazigo cemitério público, a administração entra em contato com o titular do jazigo, informando a proximidade da exumação, se ainda houver desejo de cremação, por ser morte violenta necessitará do alvará judicial mesmo já passados o prazo para exumação, pois após a cremação toda e qualquer investigação é anulada. Caso a família não deseje cremar é feita a transferência para um ossário adquirido pela família;
  • Caso seja jazigo cemitério particular, a exumação só ocorrerá mediante necessidade de utilização com autorização do titular, caso contrário seu ente querido permanece no mesmo local.

Em um momento extremo de dor, precisamos de uma rede de acolhimento pois a parte burocracia é cansativa e no momento estamos em carne viva, sem condições de raciocínio.

Busque cultivar os seus e sua rede, pois não sabemos quando, que horas, que dia iremos precisar desse apoio.

Espero de coração que tenha conseguido ajudar a você que lê este texto e me coloco a disposição no que precisarem.

Gilmara Nascimento

Sobrevivente enlutada por suicídio do meu esposo e grande amor da minha vida Edilson.

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