Somos a junção dos pedaços espalhados pelo chão que se abriu debaixo dos nossos olhos.
Somos a mudança que nunca planejamos fazer.
Somos tristeza em qualquer dia da semana, e somos a alegria que tivemos que reaprender a encontrar.
Somos fé e esperança, mas somos também loucura e solidão.
Somos resiliência.
Somos “guerreiros”, “fortes”, mas a verdade é que não queremos ser nada disso.
Somos o que sobrou quando alguns dos nossos decidiram partir e somos o que conseguimos fazer de nós mesmos com a história que nos foi imposta.
Somos aprendizado constante e somos o que restou da gente, então.
Somos o que tentamos manter vivos dos nossos, e aí somos Marcello, Júlia, Marina, Maria, Pedro, Gabriela, Pietro, Alielson, Felipe, Jordana, Rafael, Anderson, Humberto, Eduardo, Thales, Ariele, Zoltán, Mariana, Júnior e tantos outros.
Somos muitos, anônimos ou não.
Somos a Associação Brasileira de Apoio aos Sobreviventes Enlutados por Suicídio.
Somos a ABRASES.